Aprendendo a dizer NÃO - parte II

O medo, a ansiedade, o receio de dizer não e o outro não gostar, “ah mas eu não quero magoar o outro”, acreditar que o outro depende de você, sem você ajudá-lo ele vai passar dificuldades. Mesmo quando você já é a muleta do outro, ele já te deve muito dinheiro, vive enrolado e segue pedindo mais, no fundo, no fundo, você sabe que ele não vai te devolver, é dado!!!

Como o outro imagina que sempre pode contar com você e pode mesmo, porque você nunca diz não, ele nunca aprende, você acaba atrapalhando o aprendizado dele e evolução. Ele precisa ouvir o seu não, passar pelo aperto e aprender a contar consigo mesmo.

Dificuldade de dizer não está fortemente ligada a questões de baixa autoestima e julgamento, “o que o outro vai pensar de mim”, como se nós fossemos obrigados a preencher todas as lacunas, resolver todos os problemas do outro e dizer somente sim. Se sim fosse obrigatório, não existiria o não.

Não gerar frustração, talvez você queira evitar o sofrimento do outro, mas é justamente a frustração que nos faz humanos. Durante a nossa linha de desenvolvimento desde o nascimento até a nossa morte, vamos lidar com muitas frustrações.

A frustração gera uma tristeza às vezes gigante na vida da gente, é querer muito algo e não ter, ou seja, ouvir um não, às dos nossos pais, amigos, famílias, chefe, parceiro e por aí vai. Nem sempre somos supridos nos nossos quereres, seja bem-vindo, essa é a vida!!!

Ela faz parte do nosso crescimento como pessoa, visto que é impossível ter tudo o que queremos, na hora que queremos. Sim seria muito fácil se fossemos atendidos nos nossos desejos, mas não aprenderíamos, a planejar, a ter esforço, a lutar, batalhar por tudo o que queremos. A desenvolver a nossa persistência, persistir é buscar formas diferentes de alcançar algo que muito queremos, insistir é bater na mesma tecla, ou seja, insistir na porta fechada e desistir é acreditar que não é possível muitas vezes sem tentar ou porque na insistência não funcionou.

É o meu ponto de vista, acho errado os pais dar tudo para os filhos, naquela fala: “vou dar tudo que não tive para o meu filho”, é a pior coisa que os pais fazem, eles não fazem por maldade, querem o melhor para o filho, mas deixam os filhos “aleijados”, crescem aprendendo que tudo é possível, e na vida real não é assim.

Quando o outro não quer estar com ele, namorar, quando o chefe não promove por seus motivos, quando um professor reprova um trabalho, a vida vai te dar muitos “nãos”, mas nessa altura do campeonato a sua ansiedade vai estar no auge, esperar não é algo que aprendeu, ter jogo de cintura para lidar com as adversidades muitos menos, vai explodir, gritar, berrar, ficar irritadíssimo e mesmo assim não terá o que tanto almeja.



Quando a gente ouve o “não” do outro vamos enfrentar toda a frustação, a tristeza por não ter o algo que tanto queremos, compreendendo que não é possível dessa forma ou neste momento, vamos buscar estratégias para lidar com essa frustração. Muitas vezes não estamos preparados para esse momento.

Quantas pessoas que ganharam na mega-sena perderam todo o dinheiro poucos meses depois? Certamente não estavam preparados para lidar com tanto dinheiro, gastaram tudo sem imaginar que uma hora ia acabar, e acabou... Não adianta conquistar algo, você precisa ter jogo de cintura para manter.

Como por exemplo, seu chefe que deu a promoção para outra pessoa, você já se questionou se tem a experiencia, cursos e todos os requisitos para ser promovido? Não basta só ter mais tempo de empresa... Quais cursos precisa fazer para ser promovido? Quais processos precisa aprender para mudar de departamento, será que o outro que foi promovido estava mais preparado que você?

Do que adianta implorar por um relacionamento amoroso, se o outro não gosta de estar com você, não gosta de você, será que é a pessoa certa? Será que vale buscar alguém que goste de você e você goste?

Nossa frustração não vem só de não ter o que desejamos, mas de não entender exatamente o que buscamos e o que devemos fazer para alcançar o que desejamos.

Quando dizemos sim para o outro querendo dizer não, estamos desrespeitando quem somos, ferindo a nós mesmo, rebaixando a nossa autoestima, sair por sair, com cara de “bunda” não adianta, emprestar um dinheiro que vai te faltar para ajudar o outro, não ajuda...

Quando o outro escuta o nosso não, ele vai ter que aprender a buscar novas alternativas para resolver o problema que é dele, ele vai aprender a lidar com a própria frustração ou não, ele vai crescer, cada problema resolvido é um aprendizado que levamos para outras situações da nossa vida.

Proteger o outro dos nossos “nãos”, faz com que ele seja inválido, não saberá como viver sem essas “muletas”, muitos pais fazem isso e quando morrem os filhos estão mais perdidos que cego em tiroteio.

Crescer exige de nós assertividade, que exige nossa autoestima elevada, aprender a resolver os próprios problemas nos fortalece para dias melhores, não quer dizer que as coisas são mais fáceis, nós seremos mais fortes para lidar com as adversidades, frustações e nãos.

Diga aí quantas coisas você já fez coisas sem querer? Deixar o outro ditar a nossa vida não nos exige responsabilidade e culpa quando as coisas dão errado, mas sempre estará onde não quer, fazendo o que não quer, com quem não quer.

Seja você o piloto da sua vida, andar de carona sempre te leva onde o piloto quer ir e não exatamente onde você deseja chegar.

 Beijocas da Sissa Geller.

 

Aprendendoa dizer não - parte I

 

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Gratidão

Beijocas

ઇઉ Sissa Geller|Silvana Souza de Sá

Psicóloga|CRP 06/90506

 

 

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