Você já se perguntou por que, mesmo sabendo que algo está errado, continua tentando agradar alguém que nunca está satisfeito? Por que se sente constantemente cansado emocionalmente, pisando em ovos, tentando evitar conflitos com quem diz te amar?
Essas perguntas são comuns quando estamos presos em relações com pessoas narcisistas. Mas identificar o narcisismo vai além de reconhecer alguém que se ama demais. Envolve perceber padrões emocionais profundos, que muitas vezes nos engolem e nos fazem esquecer quem somos.
O narcisismo é um traço de personalidade caracterizado por uma visão inflada de si mesmo, necessidade constante de admiração e uma empatia muito limitada ou inexistente. Mas engana-se quem acha que narcisistas são sempre arrogantes ou visivelmente prepotentes. Muitos se escondem atrás de charme, carisma e até falsa humildade. Sabem exatamente o que dizer, como agir e em quem mirar.
No início, você se sente visto como nunca foi. Valorizado. Escolhido. O narcisista sabe como conquistar. Mas, com o tempo, esse encantamento dá lugar a críticas sutis, exigências disfarçadas de cuidado, controle travestido de proteção. E quando você tenta se posicionar... vem o gelo, a culpa ou o desprezo.
Falta de empatia: o outro ignora suas emoções, ridiculariza sua dor ou vira o jogo para parecer que a culpa sempre é sua.
Excesso de controle: mesmo sem mandar diretamente, o narcisista manipula situações para que tudo aconteça do jeito dele.
Necessidade de admiração constante: quando você não elogia ou não valida suas ideias, ele se irrita ou se afasta.
Críticas disfarçadas: ele “só está tentando te ajudar”, mas sempre com comentários que minam sua autoestima.
Gaslighting: faz você duvidar da sua memória, da sua percepção e até da sua sanidade.
Esses comportamentos podem vir de parceiros, amigos, colegas de trabalho e até de pais. E sim, pais narcisistas existem — e deixam marcas profundas.
Aos poucos, você deixa de ser quem era. Sutilmente, começa a moldar sua personalidade para evitar conflitos. Silencia sua voz para manter a “paz”. Começa a duvidar do seu valor. Fica dependente emocionalmente.
Esse tipo de relação é como areia movediça: quanto mais você tenta se provar, mais afunda. Porque não importa o quanto você dê... nunca será o suficiente para quem tem um vazio interno tão grande que nada preenche.
Relacionamentos com narcisistas não são construídos na base do amor, mas da dominação emocional. E por mais que doa admitir, muitas vezes ficamos porque aprendemos a nos relacionar assim.
Muitas vezes, nos mantemos em relações com pessoas narcisistas não porque queremos, mas porque ainda não desenvolvemos a autoestima e as habilidades emocionais necessárias para reconhecer os sinais, nos proteger e dizer não.A resposta está dentro de nós — e, muitas vezes, na nossa história.
Se você cresceu sem validação emocional, se não se sentia ouvido ou se aprendeu que precisava se esforçar muito para receber amor, pode ter internalizado a ideia de que relacionamentos são assim: difíceis, sacrificantes, condicionais.
Também há o medo: do abandono, da solidão, do julgamento. E quando o narcisista alterna rejeição com momentos de afeto (o famoso ciclo de abuso), você fica emocionalmente preso na esperança de que aquele momento bom volte. Mas ele nunca dura.
Saímos de relações com narcisistas quando fortalecemos nossa autoestima. Não é sobre se achar melhor do que ninguém. É sobre acreditar que você merece amor com respeito. Que não precisa se apagar para ser aceito.
Algumas habilidades essenciais nesse processo:
Autoconhecimento: reconhecer seus padrões emocionais, suas feridas, seus gatilhos. Entender por que você tolera o que tolera.
Autocompaixão: parar de se culpar por ter se envolvido. Você fez o melhor que podia com o que sabia naquele momento.
Assertividade: aprender a dizer “não” sem culpa. A impor limites mesmo quando o outro não gosta.
Rede de apoio: buscar amizades e relações que te validem de forma genuína. Terapia também é um grande aliado.
Independência emocional: entender que você não precisa da aprovação do outro para se sentir suficiente.
Fortalecer a autoestima é como construir uma casa com bases sólidas. Quando você sabe quem é, quando se respeita e se valoriza, não aceita mais migalhas. Não importa se a embalagem vem com elogios, promessas ou lembranças boas. Você não se vende mais por isso.
Essa é, talvez, uma das maiores dores. Porque somos ensinados que devemos honrar pai, mãe, avós. Mas honrar não significa se submeter. É possível manter uma relação respeitosa — com distância emocional, se necessário. Você pode escolher ver menos, falar menos, proteger sua energia. E isso não é desrespeito. É autocuidado.
Estar em uma relação com um narcisista é como viver em uma casa linda por fora, mas cheia de rachaduras dentro. Aos olhos dos outros, tudo parece perfeito. Mas só você sabe o quanto dói.
A boa notícia é: você não precisa continuar aí.
Você merece um amor leve. Uma amizade verdadeira. Um vínculo que te escute, te acolha e não te sufoque.
E tudo começa quando você para de tentar consertar o outro… e começa a se reconstruir.
Porque quando você se olha com amor, ninguém mais tem o poder de te diminuir.
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E lembre-se: se custa a sua paz… já está caro demais.
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