Ser autêntico é ter a coragem de ser quem você realmente é!

Estava refletindo sobre essa frase atribuída a Nietzsche “autenticidade é ter a coragem de ser quem você realmente é”. 

Nietzsche acreditava que a verdadeira grandeza do ser humano não está em se conformar, mas em ousar ser único. Para ele, viver de maneira autêntica é um ato de coragem, de criação e também de resistência. E, olhando para a vida real, não é difícil perceber o quanto esse pensamento continua atual.

Quantas vezes você já se pegou vestindo uma máscara para caber em determinado grupo, agradar alguém ou evitar críticas? Talvez você tenha silenciado sua voz em uma reunião de trabalho, apenas para não parecer inconveniente. Ou quem sabe tenha escondido seus desejos e vontades em um relacionamento, por medo de ser rejeitado.

Essas situações parecem pequenas, mas quando se acumulam, começam a roubar algo essencial: a sua identidade.

Quando abrimos mão de ser quem somos, estamos pagando um preço alto. É como viver em constante vigília, com medo de “escapar” um gesto, uma palavra ou um sonho que revele a nossa verdade. A pessoa até pode receber aprovação dos outros, mas por dentro sente um vazio.

Esse vazio nasce porque, na tentativa de se encaixar, você acaba se afastando da sua própria essência. E, quanto mais distante de si mesmo, mais frágil se torna.

Nietzsche chamava isso de viver segundo os padrões impostos pela moralidade e pela sociedade. E o resultado é sempre o mesmo: uma vida sem potência, sem brilho, sem autenticidade.

Ser autêntico significa aceitar um risco inevitável: o da rejeição. Porque, quando você mostra quem realmente é, algumas pessoas não vão gostar. Algumas vão criticar, outras vão se afastar. E tudo bem.

Isso não significa que você está errado. Significa apenas que a sua essência não cabe em todas as gavetas.



Aqui entra o que Nietzsche chamava de “vontade de potência”: a força vital que nos impulsiona a expandir, criar e trilhar o nosso próprio caminho, em vez de apenas seguir as trilhas já marcadas.

Talvez você pense: “Mas eu preciso usar máscaras, senão não vou ser aceito.” E é verdade que, em alguns contextos sociais, a gente acaba adaptando o comportamento. O problema é quando essa adaptação vira regra.

A máscara pode até proteger por um tempo, mas também sufoca. Ela impede que o mundo veja quem você realmente é e, pior, impede que você mesmo se reconheça.

Ousar ser autêntico é um ato de libertação. E essa libertação, embora traga medo, também traz leveza. Afinal, não existe nada mais cansativo do que viver fingindo.

A autenticidade não é só resistência, é também criação. Quando você escolhe ser você mesmo, abre espaço para criar novas possibilidades.

Pense em quantas pessoas marcaram a história justamente porque não seguiram o óbvio. Elas ousaram pensar diferente, agir diferente, viver diferente. E, por isso, abriram novos caminhos não só para si mesmas, mas para toda a humanidade.

O mesmo pode acontecer em escala pessoal. Ao viver de acordo com a sua verdade, você se torna exemplo. Inspira. Mostra para os outros que é possível viver sem se submeter a padrões que não fazem sentido.

Na prática, ser autêntico não significa dizer tudo o que pensa sem filtro ou viver em confronto com o mundo. Autenticidade é alinhar suas escolhas com os seus valores. É olhar para dentro e agir a partir da sua verdade.



É dizer “não” quando algo vai contra o que você acredita, mesmo que seja mais fácil dizer “sim”.
É escolher uma profissão que tem significado para você, ainda que não seja a mais “prestigiada”.
É estar em um relacionamento onde você pode ser inteiro, sem medo de mostrar suas vulnerabilidades.
É se vestir, falar e agir de acordo com quem você é, e não com a expectativa dos outros.
Pode parecer simples, mas exige coragem. Coragem de se expor, de correr riscos, de não agradar todo mundo.

Em um mundo que insiste em nos moldar, ser autêntico é também um ato de resistência. É dizer: “Eu não vou me perder de mim mesmo para caber no que você espera.”

E aqui está o ponto mais belo da mensagem de Nietzsche: a autenticidade não é apenas sobre você. É também um presente que você oferece ao mundo. Porque, quando você vive a sua verdade, inspira os outros a fazerem o mesmo.

Ser autêntico é viver a grandeza que Nietzsche defendia. É enfrentar o medo da rejeição, superar o peso das máscaras e se permitir criar o seu próprio caminho.

Não é um processo fácil, mas é transformador. E, no fim, você descobre que a verdadeira rejeição não é a dos outros, é a rejeição de si mesmo.



Então, que tal ousar? Ousar ser quem você realmente é. Ousar viver de acordo com a sua verdade. Porque a autenticidade, como dizia Nietzsche, é a coragem de existir na sua forma mais pura.

A vida é curta demais para ser vivida como personagem. Tenha a coragem de ser autora e protagonista da sua própria história.

Silvana Souza de Sá Psicóloga Clínica|Sexóloga CRP 06/90506 Atendimento Online e Presencial Tatuapé - São Paulo - SP 

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Narcisismo: Quando AMAR o outro é esquecer de si mesmo!

Você já se perguntou por que, mesmo sabendo que algo está errado, continua tentando agradar alguém que nunca está satisfeito? Por que se sente constantemente cansado emocionalmente, pisando em ovos, tentando evitar conflitos com quem diz te amar?

Essas perguntas são comuns quando estamos presos em relações com pessoas narcisistas. Mas identificar o narcisismo vai além de reconhecer alguém que se ama demais. Envolve perceber padrões emocionais profundos, que muitas vezes nos engolem e nos fazem esquecer quem somos.

Mas afinal, o que é o narcisismo?

O narcisismo é um traço de personalidade caracterizado por uma visão inflada de si mesmo, necessidade constante de admiração e uma empatia muito limitada ou inexistente. Mas engana-se quem acha que narcisistas são sempre arrogantes ou visivelmente prepotentes. Muitos se escondem atrás de charme, carisma e até falsa humildade. Sabem exatamente o que dizer, como agir e em quem mirar.

No início, você se sente visto como nunca foi. Valorizado. Escolhido. O narcisista sabe como conquistar. Mas, com o tempo, esse encantamento dá lugar a críticas sutis, exigências disfarçadas de cuidado, controle travestido de proteção. E quando você tenta se posicionar... vem o gelo, a culpa ou o desprezo.

Como identificar um narcisista?
Aqui estão alguns sinais comuns:

Falta de empatia: o outro ignora suas emoções, ridiculariza sua dor ou vira o jogo para parecer que a culpa sempre é sua.
Excesso de controle: mesmo sem mandar diretamente, o narcisista manipula situações para que tudo aconteça do jeito dele.
Necessidade de admiração constante: quando você não elogia ou não valida suas ideias, ele se irrita ou se afasta.
Críticas disfarçadas: ele “só está tentando te ajudar”, mas sempre com comentários que minam sua autoestima.
Gaslighting: faz você duvidar da sua memória, da sua percepção e até da sua sanidade.
Esses comportamentos podem vir de parceiros, amigos, colegas de trabalho e até de pais. E sim, pais narcisistas existem — e deixam marcas profundas.

O que acontece quando nos relacionamos com um narcisista?

Aos poucos, você deixa de ser quem era. Sutilmente, começa a moldar sua personalidade para evitar conflitos. Silencia sua voz para manter a “paz”. Começa a duvidar do seu valor. Fica dependente emocionalmente.

Esse tipo de relação é como areia movediça: quanto mais você tenta se provar, mais afunda. Porque não importa o quanto você dê... nunca será o suficiente para quem tem um vazio interno tão grande que nada preenche.

Relacionamentos com narcisistas não são construídos na base do amor, mas da dominação emocional. E por mais que doa admitir, muitas vezes ficamos porque aprendemos a nos relacionar assim.

Muitas vezes, nos mantemos em relações com pessoas narcisistas não porque queremos, mas porque ainda não desenvolvemos a autoestima e as habilidades emocionais necessárias para reconhecer os sinais, nos proteger e dizer não.

Por que nos mantemos nessas relações?

A resposta está dentro de nós — e, muitas vezes, na nossa história.

Se você cresceu sem validação emocional, se não se sentia ouvido ou se aprendeu que precisava se esforçar muito para receber amor, pode ter internalizado a ideia de que relacionamentos são assim: difíceis, sacrificantes, condicionais.

Também há o medo: do abandono, da solidão, do julgamento. E quando o narcisista alterna rejeição com momentos de afeto (o famoso ciclo de abuso), você fica emocionalmente preso na esperança de que aquele momento bom volte. Mas ele nunca dura.

O que precisamos desenvolver para sair desse ciclo?

Saímos de relações com narcisistas quando fortalecemos nossa autoestima. Não é sobre se achar melhor do que ninguém. É sobre acreditar que você merece amor com respeito. Que não precisa se apagar para ser aceito.

Algumas habilidades essenciais nesse processo:

Autoconhecimento: reconhecer seus padrões emocionais, suas feridas, seus gatilhos. Entender por que você tolera o que tolera.
Autocompaixão: parar de se culpar por ter se envolvido. Você fez o melhor que podia com o que sabia naquele momento.
Assertividade: aprender a dizer “não” sem culpa. A impor limites mesmo quando o outro não gosta.
Rede de apoio: buscar amizades e relações que te validem de forma genuína. Terapia também é um grande aliado.
Independência emocional: entender que você não precisa da aprovação do outro para se sentir suficiente.



Fortalecer a autoestima é como construir uma casa com bases sólidas. Quando você sabe quem é, quando se respeita e se valoriza, não aceita mais migalhas. Não importa se a embalagem vem com elogios, promessas ou lembranças boas. Você não se vende mais por isso.

E quando o narcisista é alguém da família?

Essa é, talvez, uma das maiores dores. Porque somos ensinados que devemos honrar pai, mãe, avós. Mas honrar não significa se submeter. É possível manter uma relação respeitosa — com distância emocional, se necessário. Você pode escolher ver menos, falar menos, proteger sua energia. E isso não é desrespeito. É autocuidado.

Estar em uma relação com um narcisista é como viver em uma casa linda por fora, mas cheia de rachaduras dentro. Aos olhos dos outros, tudo parece perfeito. Mas só você sabe o quanto dói.

A boa notícia é: você não precisa continuar aí.

Você merece um amor leve. Uma amizade verdadeira. Um vínculo que te escute, te acolha e não te sufoque.

E tudo começa quando você para de tentar consertar o outro… e começa a se reconstruir.

Porque quando você se olha com amor, ninguém mais tem o poder de te diminuir.

Se esse texto fez sentido pra você, compartilhe com alguém que também precisa ouvir isso.

E lembre-se: se custa a sua paz… já está caro demais.


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Silvana Souza de Sá é Psicóloga Clínica|Sexóloga
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Você está criando um Filho ou um futuro adulto?

 Tem uma pergunta que deveria ecoar no coração de toda mãe, pai, tia, avó, cuidador:

“Estou criando uma criança... ou estou preparando um futuro adulto?”

Pode parecer a mesma coisa, mas não é.

A verdade é que muitos de nós, na ânsia de proteger, de amar, de fazer o nosso melhor, acabamos sufocando.

Sem perceber, tiramos da vida dos nossos filhos aquilo que ela tem de mais valioso: o direito de aprender com os próprios erros.

Julie Lythcott-Haims, autora do livro Como Criar um Adulto, foi reitora de calouros em uma das universidades mais prestigiadas do mundo, Stanford. E ali, entre jovens brilhantes, ela viu algo muito preocupante: muitos deles não sabiam viver.

Não sabiam resolver um problema simples. Não sabiam tomar uma decisão sem mandar mensagem pros pais. Não sabiam lidar com a frustração, com um “não”, com o próprio silêncio.

E sabe por quê? Porque cresceram em um ambiente onde tudo foi resolvido por eles, os pais. Onde o medo dos pais falou mais alto que a confiança. Onde o amor veio disfarçado de controle.

Talvez você já tenha escutado isso:

“Meu filho não precisa se preocupar com nada, eu cuido de tudo!”
Ou:
“Ela só precisa estudar, o resto eu resolvo.”


Mas isso é criar um adulto?
Ou é manter uma criança em corpo crescido?

A superproteção que paralisa

Quando cuidamos demais, tiramos deles a chance de desenvolver algo fundamental: autonomia, independência, aprendizado e desenvolvimento.

A autonomia não nasce do dia pra noite. Ela é construída — um passo por vez, um tropeço por vez, uma tentativa com medo por vez.

Quando resolvemos tudo, quando evitamos que nossos filhos sintam tristeza, frustração, raiva ou cansaço, estamos dizendo o seguinte:

“Você não dá conta. Você precisa de mim pra tudo. Você é incapaz!”

E o pior é que eles acreditam. Se tornam adultos inseguros, ansiosos, com medo de errar, com medo de serem julgados, sem saber o que querem da vida, porque sempre alguém decidiu por eles.

E aí a conta chega. Chega no consultório, nas crises de ansiedade, no burnout aos 20 e poucos anos, na dificuldade de se posicionar. Porque ninguém ensinou que errar faz parte, que bancar suas escolhas é dolorido, que viver dá trabalho — mas é isso que faz crescer.

Criar com amor não é fazer tudo por eles

Criar com amor é olhar no olho e dizer:

“Eu confio em você. Vai doer um pouco, mas eu tô aqui. Você consegue.”

É ensinar a arrumar a própria mochila, a lidar com o colega difícil, a pedir desculpas sem vergonha. É deixar esquecer o casaco um dia e sentir frio — pra lembrar no outro. É ensinar a fazer um arroz, resolver um problema no banco, pedir ajuda quando estiver com medo.



Criar um adulto é permitir que a criança aprenda a se frustrar. É resistir à tentação de "salvar" o tempo todo. De não querer ver ele sofrer. É ensinar com firmeza e afeto, com limites claros e presença amorosa.

A superproteção é, muitas vezes, o nosso medo disfarçado. Medo que o mundo machuque.
Medo que eles sofram como nós sofremos. Medo que errem onde a gente errou.

Mas é preciso coragem pra confiar. Coragem pra soltar um pouco, pra apoiar sem carregar, pra amar sem sufocar.

E se a criança já cresceu?

Talvez você esteja lendo esse texto com um filho adolescente em casa. Ou até adulto. E aí vem o pensamento:

“Mas agora já era... eu estraguei tudo.”

Respira.

Nunca é tarde pra mudar a forma como você se relaciona. Você pode, sim, começar a construir mais autonomia no seu filho hoje. Com conversa, com confiança, com um passo de cada vez.

Pare de resolver tudo para seu filho, agora!
Comece perguntando: “Como você acha que pode lidar com isso?”. Diga: “Tenta resolver. Se precisar, me chama, mas tenta primeiro”. Celebre quando ele ou ela resolver algo sozinho. Mesmo que tenha demorado. Mesmo que tenha feito de um jeito diferente do seu.

Lembre-se: o adulto que você está criando não precisa ser perfeito. Ele só precisa ser capaz de viver com responsabilidade, consciência e coragem.

Criar um adulto é um ato de amor

A autora diz que criar um adulto é preparar um ser humano pra andar com as próprias pernas. E pra isso, ele precisa cair. Precisa suar. Precisa escolher e se frustrar.
Precisa saber que a vida é feita de altos e baixos, e que ele é capaz de atravessar cada fase, não por ser mimado, mas por ser forte.



E sabe onde se constrói essa força? No olhar de um pai ou de uma mãe que acredita.

Você não precisa ser perfeito. Mas precisa estar disposto a soltar aos poucos. A confiar mais. A deixar que a vida ensine o que a gente não pode ensinar com palavras.

Porque no fim das contas, criar um adulto é um ato de coragem. É um amor que prepara pra vida, e não que protege da vida.

Se esse texto te fez pensar em como você tem criado seus filhos (ou como foi criado), compartilha com alguém que também precisa refletir sobre isso.
Vamos criar adultos preparados, conscientes e emocionalmente fortes.


Referência: Como criar um adulto, autora: Julie Luthcott-Haims


Silvana Souza de Sá é Psicóloga Clínica|Sexóloga CRP 06/90506 

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